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segunda-feira, 5 de julho de 2010

Amor no meio do Campo!




Hoje, prometo que serei
apenas teu,
e que todos os meus beijos
e abraços... serão, como
sempre, as provas de nosso
amor.

Ah... não se exalte quando
eu me atrasar,
porque nunca será  por querer
intencionalmente,
e mesmo nos desacertos
seremos sempre metades
um do outro,

e seguiremos como num jogo
Portugal x Brasil,
completamente empatados
nesse nosso meio a meio...
que como ela mesma
observara será sempre
vantagem recíproca.

Ah...querida...nosso amor já
virou um  jogo,
com você colecionando as
regras básicas e
controlando o meio de campo
a teu bel prazer.

E quando ela quer jogar na
ponta... não a demovo,
porque sempre ela vem e se
atira de cabeça,
até que meu corpo, num
estremeção, estremece.

Porque o que sinto dessa
musa atirada
é mesmo aquela vontade de
não medir nada,
e ir em frente mesmo me
passando do limite.

E nem me importo se ela...
decepcionada com meus
avanços
precipitados
em seu meio de campo,
reclama
austeramente pedindo o
cartão vermelho...

E então ela com muito amor,
mas desejos contidos
permite que eu drible bem
juntinho dela,
comportando-me porém nos 
puros atos de amor...

Logo depois, estirada e exausta
sobre o gramado,
ela confessa que está muito fora
de forma,
e que só tinha aprendido o
básico do manual M & P.

Hum...ali deitada na grama me
encho de dúvidas
se poderei conter-me e seguir o
seu manual básico, já que os
melhores lances não constam.

Tento então me aproximar ao
máximo, e logo
ela me olha outra vez como
tantas outras vezes olhara,
e  simplesmente me faz
ouvir mais uma regra.

E dessa vez em voz quase
tonitroante ela diz:
“Não vá depressa demais ao
pote, meu amor”.
Hum...claro que lhe digo que a
culpa era totalmente do
seu meio de campo.

E que por causa disso era
impossível resistir,
e então eu precisava correr
e meter a bola no gol.
Ela não gostou...deu um
chega para lá,
e eu caí pesado sobre o
gramado.

O juiz viu....e sem que eu
esperasse...levantou o braço
e me mostrou, com cara de
poucos amigos,
esse famigerado cartão
vermelho que ninguém gosta...

Reclamando com o juiz fui
explicando que não
tivera a intenção de empurrar
a jogadora,
mas que estávamos apenas 
discutindo as
regras do nosso jogo.

O juiz nem quis saber de nada,
e desapareceu,
assim como havia de vez em
quando aparecido.
Deixei o gramado um tanto
aturdido desse acontecimento.

Olhei depois para o cartão
vermelho e pensei:
ah...não importa...logo eu volto
para o meio de campo...minha
flor...
Ah...volto mesmo !!! Vai ver !


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Autor: Cássio Seagull
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