Das priscas eras
erguem-se
aquelas heras...
insaciáveis
que rápidas se
aninham em
troncos,
como se todos
os dias fossem
pura
primavera.
Atam-se e desatam-se
os nós górdios,
para que a vida se reflita
como num espelho
estes sazonais tempos
de cobiça e desejos.
Avarandam-se em mim...
as alamedas verdes
e os postigos se erguem
florindo flores,
cujo perfume...a tarde
consome em seu ar quente
de verão.
Mas não tem nada não...
ainda quero
dormir o sono beatífico
em teus braços,
e num acordar ainda
todo sonolento...
apenas te dizer: nem sei
por que te amo tanto !!!
Ah...esse teu canto...
em meu canto !!!
Sempre será acalanto,
mesmo num sol maior
a pino !
Cássio Seagull