Com uma saudade de
idas e vindas
ela agora estava feliz
e mais alegre,
pois seu coração
precisava de alegria.
Não lhe importava tanto
a nossa breve ausência,
já que era também bom
sentir saudade
daqueles momentos
de nosso pé ante pé,
porque tínhamos medo
até de tanta volúpia.
Mas, intrépida, para mim
ela havia sempre sido,
e não era possível duvidar
disso,
quando seus abraços eram
delícias e seus beijos a
melhor das carícias.
Ah...sim...quem sabe mais
tarde nos veremos,
e ela apenas acenava...
com um alozinho bem
simples..
E no umbral de mim
mesmo...eu apenas
queria amá-la até o fim.
Assim, enchia-me das
ilusões profanas
que ela adorava... mas
punha sempre alguns
pontos e vírgulas.
E sem descaro me dizia:
vai com as outras vai.
Eu pra você sou apenas
uma a mais.
Mas... um ciuminho ela
sempre sentia.
E eu nada dizia.
E ela sabia bem o por quê !
Mas assim que voltava
não resistia
e me abraçava e me
puxava
naquele seu belo corpo
roliço e bem talhado.
Depois ela me chamava:
vem amor...
vem meu safadinho.
E acrescentava:
É assim que eu gosto
de você, seu safado.
Quero ser tua hoje,todinha.
Mas veja:
hoje você é só meu, tá ?
E eu apenas dizia: tá !
Ah..e ela era um maná...
e que maná !!!
Dos céus, claro.
Das minhas ilusões
e sonhos profanos ?
Não !
Real é você...não é,
amor ?
Cássio Seagull
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