Teu sorriso veio
chegando
como se fosse um
sonho
de meu despertar
insone
que te buscava nas
flores,
e logo ficava
ensimesmando,
onde estariam teus
olhos
lindos,
que ainda ontem
pousaram
em mim
como se fossem faróis
ansiosos...
Ah...cavalos alados,
as tuas auras
bifurcadas no entrecruze
das moradas
que o sol nascente,
dardejando luzes,
era de ti... em mim,
todo um revérbero.
Ah... sou tua mulher,
você feliz dizia.
E eu contente logo teu
homem me fazia,
porque nada mais se podia
esconder,
principalmente esse amor
e essa paixão,
que juntos nos faziam crer
na vida mais bela.
Hum...como se não fôssemos
apenas ermos,
cuja solidão não se pudesse
mais ouvir gritar,
e nem mesmo nela encontrar
ausências,
feitas apenas de lembranças
de um breve passado,
e tão recente que o sol mal
havia se posto,
naquele recrudescer das
libidos de nós dois,
pois de tanto amar...
esgotaram-se as reservas
daquela paixão que ainda
nos arranhava o corpo,
e nos fazia
naufragar em volúpias,
como se nosso destino já
estivesse traçado
para fazer de nós dois...
cúmplices
de nossa paixão !
Ah... sim..agora você pode gritar
a todos os ventos...
que estou vivendo os furores de
tua paixão,
e me embriagando nesse teu
corpo de vestal.
Ah... sim...agora você pode gritar
a todos os ventos...
que não sou mais um náufrago de
teu querer,
mas apenas um cavaleiro que
chega ventando
para te dizer sorrateiro:
vem...
só você é minha mulher.
E eu teu homem...
=o=o=o=o=o=o=o=o=o=o=o=o
Autor: Cássio Seagull
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por comentar!