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segunda-feira, 24 de maio de 2010

UM AMOR ESQUECIDO...




Estava difícil conformar-me
de que
havíamos nos esquecido um
do outro,
como se um apagador nos
tivesse apagado.
Para apenas depois de passado
um ano
me lembrasse dela...como
mulher dos meus sonhos.
E que ficara guardada num
histórico apenas,
mas que de repente surgia
de novo agitando
Todo o meu ser como se tudo
fosse ontem mesmo
Aquele momento em que o
corpo dela o meu
queria e que... de mim tomou
conta como se fosse imantado
e que dessa força de atração
era impossível qualquer escape...
porque era o amor que jungia.
Então caminhei na noite de
minhas lembranças,
e te encontrei esquecida como
uma flor em um vaso,
que quando se vê...de não regá-la,
esmaeceu-se.
Então...vencido o primeiro
choque, fui buscar
em outros olhos a compreensão
de um deslize
que mesmo involuntário agora
deixara-me marcas.
Descontente...ao sabor dos
carinhos de uma amiga
fui mostrar-lhe meu próprio ato
de esquecimento,
quando então me olhando bem
de frente,
logo me mostrou que o
esquecimento fora dos dois,
pois ela tampouco me buscou
ao longo de todo um ano,
e que portanto não era razão
para que me sentisse triste.
Carinhosamente ela me puxou
para o seu colo,
e me contou também...que um
dia também me
esquecera....durante meses e
meses ...
Então, agora eu estava diante
de duas situações:
do esquecimento meu e do
esquecimento dela.
A uma esqueci...e de troco
uma outra me esqueceu.
Nesse momento percebi
toda essa cruel realidade
que é de repente esquecer-se
de alguém,
justamente na melhor fase de 
uma paixão.
Mas sempre há o recurso de
revermos
tudo aquilo que um dia foi
lindo demais,
buscando de novo aquilo que
esquecemos.
E é parecido a um ritornelo
de uma partitura,
pois regressamos ao mesmo
trecho anterior,
e o repetimos.
Com a diferença de que
nossas emoções estarão 
envolvidas.
Hum...minha querida !
Que haja sucesso nesse meu
ritornelo.
Assim espero...
=o=o=o=o=o=o=o=o=o
Autor: Cássio Seagull

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